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A consciência está relacionada com o nível de responsabilidade do Ego.

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Consciência

Atenção, percepção, memória, consciência e emoções. Esses são os conceitos mais frequentemente emprestados da psicologia cognitiva para definir aspectos clínicos das atividades cerebrais. Agora falaremos sobre a CONSCIÊNCIA.

A percepção dá sentido ao que está sendo recebido, entretanto, o perceber nem sempre será consciente. Perceber não será o mesmo que compreender o que está acontecendo. Apenas uma pequena parte de todo conteúdo processado chegará a esse patamar.

Consciência está diretamente ligado ao nível de responsabilidade do "Ego" aos estímulos ambientais. Esse estado de percepção consciente que dá a sensação de eu. Ela se refere à informação sobre estímulos internos e externos ao corpo: pensamentos, memórias, imaginações e autoconsciência e autocontrole de seu comportamento, chamados de consciência fenomenal. Essa seria a consciência envolvida na capacidade de raciocinar e criar uma experiência subjetiva.

A consciência fenomenal também desempenha um papel no controle das ações, o que permite refletir sobre as situações vividas – tanto no momento em que ela ocorre como um posterior – e, por fim, ela integra e combina vários tipos de informações.

 Exemplo: "No longo caminho entre a padaria e a casa feito pela primeira vez, o processo consciente de agir em cada etapa da condução do carro é preciso, uma vez que todos esses movimentos e reações não estão automatizados. Na próxima vez, é possível se corrigir para melhorar e estar mais preparado para perigos, que talvez no início não se tenha tanta habilidade para resolver de repente. Entretanto, com mais experiência para dirigir nesse trajeto, a consciência de todos os seus movimentos e todos os aspectos percebidos no ambiente será menos exigida. A partir de então, o motorista chegará ao seu destino em um piscar de olhos, como também não lembrará com muitos detalhes como dirigiu, ou detalhes do processo de dirigir".

Outro aspecto interessante a ser ressaltado é a controvérsia a respeito das evidências comportamentais que sugerem que a noção de controle consciente das ações é uma ilusão, conduzida pelos princípios de prioridade, consistência e exclusividade. Os estudos de neuroimagem indicam que algum processamento de decisões relevantes ocorre antes da percepção consciente. Essas questões surgem principalmente pelo grande papel que as emoções exercem no controle das nossas capacidades cognitivas, principalmente atenção, percepção, memória e autocontrole.

Até mesmo o julgamento e a tomada de decisão sofrem grande interferência de sentimentos como ansiedade, tristeza, raiva e afetos positivos, levando a diferentes padrões de efeitos sobre esses processos cognitivos44. O controle das emoções está até mesmo na própria consciência – com análises que passam pelo filtro do senso comum para julgá-las racionais –, e estará sempre profundamente enviesado por nossas emoções.

Referência: Villarouco, Vilma; Ferrer, Nicole; Paiva, Marie Monique; Fonseca, Julia; Guedes, Ana Paula. Neuroarquitetura 

 

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